Polidores de Guitarra

Talvez você já use algum desses sprays para limpeza vendido em lojas...

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Oz Noy aprende rápido. Ele pegou a guitarra pela primeira vez aos dez anos de idade...

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Harmonia Moderna


Harmonia significa o estudo dos acordes e seu relacionamento entre si.

A este relacionamento dá-se o nome de progressão de acordes, isto é, o movimento de um acorde em relação ao seguinte.

A diferença entre harmonia tradicional e harmonia moderna, é que na primeira harmonizamos vários baixos no sentido ascendente, enquanto na harmonia moderna, harmonizamos uma melodia e cifra no sentido descendente.


O exemplo abaixo ilustra uma harmonização tradicional.



O exemplo abaixo ilustra uma harmonização moderna. A melodia é harmonização em posição fechada e em seguida em posição aberta.


Posição fechada ou harmonia fechada significa que as vozes do acorde estão dispostas sem que haja nenhum espaço entre uma voz e outra.

Em geral, esta posição está sempre contida dentro de uma oitava.

Posição aberta ou harmonia aberta, ao contrário, possibilita espaço entre as vozes.


Artigo do livro:Harmonia Moderna e Improvisação.
Altor: Wilson Curia

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Improviso Depois do Culto



Um pequeno improviso.





É importante treinar o improviso

No improvisação, a pessoa usa os recursos criativos já internalizados. Há uma memória implícita e sedimentada, que facilita o processo da adaptação quando surge uma necessidade emergencial na hora da música.









quarta-feira, 15 de julho de 2015

Afinação


  Muitas afinações diferentes são possíveis dependendo da variedade do instrumento. A mais comum para instrumentos de 6 cordas é a "afinação padrão" (EADGBE). Note que a guitarra é um instrumento transpositor. As notas soam uma oitava abaixo do que são escritas. As notas abaixo correspondem à nota produzida pela corda solta:

           Sexta corda: (a mais grave a que fica acima de todas as outras):            Mi bordão (uma décima terceira menor abaixo do Dó central — aprox. 82.4Hz)

           Quinta corda: Lá (uma décima menor abaixo do Dó central — aprox. 110Hz)

           Quarta corda: Ré (uma sétima menor abaixo do Dó central — aprox. 146.8Hz)

           Terceira corda: Sol Sol (uma quinta justa abaixo do Dó central — aprox. 196.0Hz)

 
          Segunda corda: Si (uma segunda menor abaixo do Dó central — aprox. 246.92Hz)

           Primeira corda (a mais aguda): Mi (uma terça maior acima do Dó central — aprox. 329.6Hz)
           A afinação padrão permite um dedilhado simples para a maioria dos acordes e também a execução de escalas com o mínimo de movimentos de mão esquerda.


Encordamento





O som da guitarra é produzido pela vibração das cordas, que para tanto devem ser tensionadas e montadas de forma que possam vibrar livremente sem bater em nenhuma outra parte do instrumento. As cordas dos alaúdes e dos violões antigos eram feitas de tripa (intestinos) de ovelhas cortadas em espessuras muito finas e torcidas.

            Atualmente elas são feitas de nylon ou de aço. As cordas mais finas, usadas para as notas mais agudas, são constituídas de um fio único. Estas cordas são chamadas primas. As mais grossas, chamadas bordões, na verdade são cabos constituídos de uma alma (que pode ser de nylon, de aço ou de seda) envolta por uma espiral de um fio mais fino feito de aço. Esta construção permite maior resistência à tração, maior estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se usassem fios singelos também nas cordas mais grossas.


            Cordas de aço geralmente possuem uma pequena esfera fortemente fixada a uma de suas extremidades para facilitar a fixação no instrumento. As cordas são fixadas aos furos existentes no cavalete através de um nó ou pela esfera, que por ser mais larga que o furo não consegue passar por ele, prendendo a corda. 

            Em algumas guitarras ou baixos as cordas passam por furos através do corpo do instrumento e são fixadas na parte posterior do corpo. O rastilho é uma barra feita de osso ou plástico que é apoiada sobre o cavalete e sobre a qual as cordas são assentadas. A altura do rastilho é importante para definir a distância entre as cordas e a escala. 

O ajuste da altura é importante pois a afinação do instrumento pode sofrer variações se a distância das cordas for muito grande. Por outro lado, cordas muito próximas da escala podem encostar nos trastes ao vibrar, o que produz um ruído desagradável (trastejamento). 

A outra extremidade da corda passa sobre a pestana, depois é enrolada em espiral sobre o eixo das tarachas. Como a ponte e a pestana são mais altas que o braço e o corpo do instrumento, as cordas ficam estendidas e tensionadas entre essas duas peças e podem vibrar livremente quando dedilhadas ou tangidas por uma palheta. 

Geralmente as guitarras são construídas para serem tocadas com o braço na mão esquerda e o corpo na direita. Nesta posição, os sulcos da pestana são dispostos de forma que a corda mais grossa fique em cima e as mais finas embaixo. O rastilho ou ponte também não são simétricos. 

A distância entre as cordas e o corpo é maior para as cordas graves do que para as mais finas. Isso é necessário para evitar o trastejamento dos bordões, mas provoca alguns problemas de afinação. Quando a corda é pousada sobre a escala ela é esticada. 

O aumento na tensão aumenta ligeiramente a afinação da nota. Ainda que muito tênue esse efeito pode causar desafinações em alguns acordes. Para compensar esse problema, o cavalete é colado levemente inclinado. Assim, as cordas mais grossas (as que sofrerão maior tensionamento durante a esecução) são ligeiramente mais longas que as mais agudas. Toda a montagem desses componentes é crítica e permite diferenciar a qualidade dos instrumentos feitos por diferentes luthiers.

            Todas essas assimetrias obrigam a construção de versoes diferentes de instrumentos para destros e canhotos. Muitos guitarristas e violonistas, no entanto adaptam o instrumento para a execução invertida.           

Alguns músicos simplesmente viram o instrumento e tocam com uma técnica espelhada.

O problema desse método é que os bordões, geralmente tocados pelo polegar precisam ser tocados pelo indicador. Outros, como Jimi Hendrix fazem o encordoamento invertido em uma guitarra normal. Embora funcional, esse método pode levar a pequenas falhas de afinação. 

Estilos como o blues, o rock e o folk, que utilizam muitos bends e vibratos não sofrem tanto com esses problemas de afinação, mas para a execução erudita com as mãos trocadas é essencial utilizar um instrumento especialmente construído para canhotos.

Partes da guitarra


 Toda guitarra, elétrica ou acústica, é composta basicamente das mesmas partes. A principal diferença entre elas está no corpo. As figuras abaixo mostram uma guitarra elétrica e uma acústica, com suas partes indicadas. A construção do baixo é semelhante à da guitarra elétrica.
  1.   Mão ou paleta
  2.   Pestana
  3.   Tarrachas ou cravelhas
  4.   Trastes
  5.   Tirante ou Tensor
  6.   Marcação
  7.   Braço
  8.   Tróculo (Junta do braço)
  9.   Corpo
  10.   Captadores
  11.   Potenciometros
  12.   Cavalete (ou ponte)
  13.   Protetor de tampo (ou escudo)
  14.   Fundo
  15.   Tampo
  16.   Lateral ou faixas
  17.   Abertura ou boca
  18.   Cordas
  19.   Rastilho
  20.   Escala











Origens e Desenvolvimento


Um alaúde mourisco, com seis pares de cordas Instrumentos similares aos que hoje chamamos de guitarras existem ao menos há 5 mil anos. A guitarra parece derivar de outros instrumentos existentes anteriormente na Ásia Central. Instrumentos muito similares à guitarra aparecem em antigos alto-relevos e estátuas descobertas em Susa, na Pérsia (atualmente no Irã).

            A guitarra, em forma muito próxima à guitarra acústica atual, foi introduzida na Espanha no Século IX, mas não se conhece com precisão toda a história deste instrumento. No entanto há duas hipóteses mais prováveis para a introdução da guitarra no ocidente.

            A primeira hipótese é que a guitarra seria derivada da chamada khetara grega, que com o domínio do Império Romano passou a se chamar cítara romana, e era também denominada de fidícula. Teria chegado à Península Ibérica por volta do Século I com os romanos. Esse instrumento se assemelhava à lira e posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos da forma da lira foram se unindo, formando uma caixa acústica, à qual foi acrescentado um braço de três cravelhas e três cordas, e a esse braço foram feitas divisões transversais (trastes).

            A segunda hipótese é de que este instrumento seria derivado do antigo alaúde árabe, nome originado da palavra al ud, (a madeira), e que teria sido levado para a Península Ibérica através das invasões muçulmanas. O alaúde árabe que penetrou na península nessa época foi um instrumento que se adaptou perfeitamente às atividades culturais e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da corte.

Origem do nome


            A palavra guitarra em português, se origina do espanhol guitarra e é utilizada, com pequenas variações, na maior parte das línguas modernas (Guitar em inglês, Guitare em francês, Gitarre em alemão, Chitarra em italiano, entre outras). Acredita-se que o nome se origine do termo grego khetara ou khitara (que também originou o nome cítara).

            Pesquisas linguísticas levam a crer que guitarra pode derivar-se de duas raízes indo-européias também presentes no nome grego: guit-, similar ao sânscrito sangeet, que significa música, e -tar, uma raíz presente em várias línguas, que significa corda ou acorde. O alaúde iraniano tradicional chama-se tar em língua persa, o que colabora esta versão. O tar existe há milhares de anos e pode ser encontrado em versões de 2, 3, 5 e 6 cordas.

            A palavra guitarra também pode ser derivada do termo persa qitara, que dá nome para vários membros da família dos alaúdes. O nome guitarra teria, assim, sido introduzido pelos mouros durante as invasões muçulmanas no século X.

            Na maior parte dos países de língua portuguesa, o termo guitarra pode se referir a qualquer das variedades do instrumento, seja elétrica ou acústica. Apenas no Brasil existe a designação Violão para o instrumento acústico. É provável que o nome violão tenha surgido devido à semelhança com a viola no formato do corpo. Como o violão era maior, passou a ser chamado popularmente de violão (como aumentativo de viola). Aos poucos o nome se consagrou e o termo guitarra foi quase totalmente substituído. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.

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 O feiticeiro do jazz-rock Oz Noy revela suas estratégias para solos
              Oz Noy aprende rápido. Ele pegou a guitarra pela primeira vez aos dez anos de idade e, três anos depois, quando a maioria dos guitarristas de sua idade ainda estava lidando com o riff de Smoke on the Water, o adolescente israelense já estava trabalhando como músico, fazendo shows com artistas de jazz, rock e blues e realizando gravações. Aos 18 anos, ele já tinha tocado em diversos discos pop de Israel. Aos 24, era o guitarrista do programa de televisão mais popular de seu país. Mas ele não estava satisfeito. Não contente em ser “um peixe grande num aquário pequeno”, Noy fez o que qualquer músico jovem e corajoso em sua situação faria: partiu para o campo de batalha mais difícil do mundo, a cidade de Nova York.

              Logo após sua chegada na Big Apple, em 1996, começaram os comentários pela cidade sobre o guitarrista israelense que podia executar linhas de jazz à la John Scofield, extrair de uma Stratocaster timbres furiosos de blues à la Stevie Ray Vaughan, tocar funk como se Nile Rodgers fosse um parente próximo, acariciar uma ES-175 como um experiente jazzista e, com uma pedaleira incrementada, produzir timbres de guitarra tão modernos e radicais que provavelmente chamariam a atenção dos integrantes Radiohead.

              Tática de Vampiro

“Muitas de minhas músicas são baseadas em vamps (trecho musical ou acorde que se repete) simples”, diz Noy. As explosivas improvisações de Noy são iniciadas por seu desejo insaciável de ouvir texturas, riffs e ritmos radicais sobre grooves relativamente simples. E o combustível de Noy é um apanhado de escalas.
“Se você estiver fazendo um groove sobre um acorde, pode colori-lo de muitas maneiras”, diz Noy. “Quanto mais enfoques você souber, mais vívidas as cores ficam. Escalas oferecem ótimas maneiras de criar diferentes climas sobre uma base de um acorde”.

              Para demonstrar sua afirmação, Oz pede para eu tocar um groove de fundo – uma levada funkeada em andamento médio, sobre o acorde G7 
              Seu solo começa onde os solos de muitos guitarristas começariam: linhas improvisadas de escala pentatônica menor .

              Ele toca as mesmas cinco notas que a maioria das pessoas usaria, mas suas inflexões – vibrato, bends, ataques, slides e outros truques – são o que o distinguem do músico comum de blues e rock. Seu ataque é sólido e articulado, marca de todo grande instrumentista. O mais impressionante, no entanto, é que Noy consegue produzir o mesmo som melodioso e consistente usando escalas muito mais jazzísticas que a escala de blues.
              “A próxima cor que você poderia me ouvir tocando sobre G7 é a escala de tons inteiros ”,


              Revela Noy. “É claro, o modo mixolídio sempre funciona .

              Gosto também da escala diminuta simétrica semitom/tom ,


              Que penso como um arpejo diminuto – neste caso, G#-B-D-F – com a adição de tons vizinhos um semitom abaixo de cada nota. Posso usar uma escala dominante alterada de G ,


              Que tem a mesma digitação da escala Ab melódica menor. Há somente mais uma cor que eu jogaria nesta base, e é o que chamo de escala aumentada.

              Ela é parecida com a escala semitom/tom, no sentido de que trata-se de um arpejo – desta vez, um arpejo de G aumentado com G-B-D# – com notas adicionadas um semitom abaixo de cada tom do acorde.
              “Variando entre estas escalas, você pode criar muitos sons diferentes, que levam a novos lugares. Quando você começa a experimentar com fraseado e ritmos, um universo totalmente novo se abre. Além disso, você pode misturar estilos – rock, jazz, funk, blues –, apesar de eu na verdade não pensar em músicas nesses termos. O conceito de rotular estilos é muito limitador”.
              Deslocamento Melódico

              “Gosto também de movimentar as coisas durante um lick”, afirma Noy. “Em outras palavras, contanto que você termine na nota certa, tudo soa bem [risos]. Se você estiver em uma situação musical em que queira soar um pouco mais moderno, você pode mover parte de sua frase um semitom acima ou abaixo. Por exemplo, pegue este lick de blues no estilo de Albert King .

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